Que amor é esse? (Cap. I)

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

"Desde sempre eu soube que não seria fácil entregar meu coração a um rapaz que eu tinha como um irmão mais velho."
Era uma noite estrelada, quando ele saiu de carro com os amigos. Fiquei na sacada olhando e contando as horas para ele chegar e pergunto-me: "Que amor é esse?"
Quando Alex chegou já era muito tarde. Ele despediu-se de uma garota aos beijos. Ver aquilo pra mim foi horrível, a maior sensação de que ele nunca seria meu. Sei que me viu olhando, quando estava entrando em casa. Entrei rapidamente para o meu quarto e deitei. Fingi que dormia. Ele abriu a porta do quarto e perguntou:
-Por que você me olha pela sacada? Toda vez que eu saio ou volto?
-Não iria conseguir dormir sem saber por onde meu irmão andava ou se estava bem.
Ele saiu fechando a porta, como sempre se afastando de mim.
A palavra irmão era a causadora do meu sofrimento. Cada vez que chamava Alex de irmão, sentia no meu coração que ele nunca seria mais que isso para mim. Mas por que o amo se somos irmãos?! Se o mesmo sangue que corre nas minha veias corre na dele também?! Sangue esse que ferve cada vez que ele se aproxima de mim.
Sonho com o dia em que ele possa ser meu, mas toda vez que penso que ele é meu irmão me sinto como um ser miserável.
Os dias passavam muito rápido. E eu, uma jovem de quatorze anos, deixava o tempo passar como se ele fosse eterno. Me sentia excluída do mundo, afastada dos meus amigos, às vezes o amor que sentia por ele me deixava com raiva do laço profundo que tinha entre a gente.
Definitivamente, eu já era louca por ele. Sentia um amor sem fronteiras. Vivia uma vida e um amor em segredo, sem que ninguém, até mesmo meus pais desconfiassem.
Alex, evidentemente, devia sentir tudo que tava acontecendo comigo. Mas continuava com seu olhar e nos seus gestos apenas uma respeitosa amizade de irmãos. E isto para mim não bastava. Queria muito mais que um olhar de irmão para irmã.
Em uma noite de quinta-feira, fomos a um jantar, na casa do tio Carlos. Só sabia que o motivo era especial, tal não sabia. E se soubesse o motivo não estaria presente para assistir ao noivado de Alex com a prima Ana, que era minha melhor amiga. Não podia sentir raiva dela. E ela será que sabia de meu amor por ele?
Essa resposta viria mais tarde, quando ela fosse percebendo aos poucos meu estranho amor por ele.

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