Que amor é esse? (Cap. II)

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Passou um ano e tudo na mesma, meu sentimento estava mais calmo e dava para controlar. O sofrimento  me ensinou que às vezes é preciso esperar. Mas aconteceu a última coisa que eu esperava de Alex, na altura dos acontecimentos, ele começou a demonstrar um imenso carinho por mim, mas não de irmãos. Decidi que não dava pra esconder mais meu a mor por ele. Iria contar o sofrimento que eu tiveo o amando em segredo.`
À noite, o esperei em seu querto até ele voltar do trabalho, pensando e tentando advinhar qual seria sua reação. Desconhecia aquele lugar onde me encontrava. Anos atrás imaginava como seria seu quarto, pois nunca entrei nele desde que descobri que o amava, tinha medo dos meus sentimentos.
Como imaginava ele se surpreendeu ao me ver em seu quarto. Enfim, depois de anos em silêncio iria declarar-me para ele. Ao perceber minha presença de súbito:
-Julia?!
-Sim, sou eu. Chegou tarde hoje.
Ele, desconfiado e meio sem jeito, disse:
-É, tive um pequeno problema no trabalho. Nada sério... Mas... O que você faz aqui?
-Alex, depois de anos em silêncio, hoje vou fazer uma confissão pra você muito séria, mas que não pode mais ser adiada, porque a cada dia que passa a vida perde sentido pra mim.
Ele com certeza não entendeu nada.
-Mas que confissão é essa?
Procurei forças, porque tinha chegado o grande dia.
-Será que você nunca percebeu o jeito que eu te olhava? Por muito tempo eu tentei esconder esse sentimento que me destrói a cada dia e que me faz refém de mim mesma.
-Mas... julia, do que você está falando? Que sentimento te faz sofrer?
A conversa tornava-se cada vez mais difícil e mais próxima do "Eu te amo".
-O que eu sinto e que me faz refém é o amor, Alex. E não posso mais esconder isso de você. Ninguém sabe o que é se paixonar aos treze anos de idade por um irmão e sofrer calada por todo esse tempo. Não sabe quantas vezes eu me senti um monstro amando meu próprio irmão e tentando sentir raiva do laço fraternal que me afastava de você.
Alex parecia sem chão depois do que eu disse. Mas pra mim foi u alívio aquelas palavras terem, finalmente, saído de dentro de mim, tirando o peso de meu coração.
-Julia, eu nunca imaginei, nem se quer percebi o seu sentimento. Mas somos irmãos e eu também tenho que te confessar uma coisa que escondi por muito tempo.
-Você tem uma confissão a me fazer? Mas o que você pode ser mais importante do que meu amor por você?
-O meu amor por você, que nunca demosntrei por medo, achando que se você e nossos pais soubessem iriam me achar um monstro. Mas... Na verdade... Eu te amo. Tentei te esquecer nos braços de Ana, ma snão consegui,por isso terminei com ela. O que vamos fazer? Mesmo você sendo adotada ainda somos irmãos, principalmente para os nossos pais.
Fiquei calada por uns instantes, era como se eu tivesse perdido o chão. Porém, era real, Alex me amava.
-Meu Deus, isso foi tudo que eu sempre quis ouvir de você, mas o que vamos fazer para viver esse amor proibido? O que não podemos é desistir depois de tantos anos sofrendo.
-Claro, mas  como vamos fazer para vivermos esse amor?
-Vamos viver um amor em segredo, até conseguirmos tomar coragem e contar pra nossos pais.
E, então, aconteceu num impulso o que eu sempre sonhei. Rolou nosso primeiro beijo.
Depois de anos sofrendo, me tornei uma pessoa mais feliz.
Eu e alex nos encontrávamos em segredo, em um acahoeira todas as tardes. Estávamos vivendo um amor em segredo. Em casa, a situação tornava-se cada vez mais difícil. Como fazer para disfarçar um amor que a gente tinha um pelo outro? Se nossos pais descobrissem seria o fim.
Certo dia, em um fim de tarde, começava a sombra, a viração da noite e o tempo refrescava. Papai e mamãe chegaram do trabalho cansados e foram logo dizendo pra mim e Alex, estávamos sentados no sofá da sala, que iriam viajar a trabalho e passariam no máximo trêdias fora. Ficaríamos sozinhos em casa, com um riso no canto da boca. Esses três dias seria os mais felizes de nossa vida.
No outro dia viajaram pela manhã, deixando mil e uma recomendações. Esses três dias foram suficientes para matarmos asaudade desse amor. 
Senti na pele os impulsos da paixão. Fizemos amor loucamente como selvagens, como se fosse a última vez. Pelo contrário, teria tantas outras onde viveríamos coisas incríveis.

(Dalila Lima)

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